Condição de saúde bucal e qualidade de vida no trabalho de policiais militares

Abstract

O risco e as exigências psicológicas são características inerentes da profissão de policial militar. Esses trabalhadores estão constantemente expostos a sobrecarga de estresse, o que interfere na qualidade de vida no trabalho (QVT) e reflete na saúde bucal e sistêmica desses profissionais. Este estudo transversal objetivou avaliar as condições de saúde bucal e qualidade de vida no trabalho de 52 policiais militares lotados no 10º Batalhão de Polícia Militar, em Campina Grande/PB. As informações foram coletadas por meio dos questionários validados de Qualidade de Vida no Trabalho - QWLQ bref, Anamnésico de Fonseca para avaliar o nível de disfunção temporomandibular (DTM), seguido do exame clínico odontológico para determinação da experiência de cárie, por meio do CPO-D. A análise estatística descritiva e inferencial foi realizada através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS para Windows, versão 18.0). A amostra de 52 policiais foi composta predominantemente por homens (94,2%) com idade média de 39,42 anos (±9,95) e média de tempo de serviço de 17,37 anos (±11,02). A média do índice CPOD foi de 15,63 (±6,12) com destaque para o componente “obturado”, cuja média foi de 12,17 (± 5,40). A presença de DTM foi constatada em 67,3% da amostra, predominando o grau leve (91,4%). A QVT foi classificada como satisfatória por 69,8% dos participantes. Foi observada associação estatisticamente significante entre QVT e presença de DTM (p< 0,05), contudo não houve associação entre o CPO-D e a presença de DTM (p>0,05). Conclui-se que os policiais militares apresentaram uma condição de saúde bucal regular, com baixa experiência de cárie dentária, presença de DTM leve, e demonstraram possuir qualidade de vida no trabalho satisfatória, existindo associação entre QVT e presença de DTM.