Resumo:
As neoplasias malignas caracterizam-se pelo crescimento anormal e acelerado de células anormais que se apoderam de órgãos e tecidos adjacentes. São consideradas raras entre a população de 0 a 18 e responsáveis por 3% dos casos de tumores nessa faixa etária, a pesquisa objetivou-se, em avaliar a farmacoterapia dos pacientes pediátricos oncológicos. O estudo, de caráter observacional, longitudinal e prospectivo, ocorreu na Oncologia Pediátrica do Hospital Universitário Alcides Carneiro, Campina Grande-PB, por um período de 12 meses. A pesquisa incluía crianças e adolescentes de 0 a 18 anos e com eles foi realizado um acompanhamento farmacoterapêutico, diariamente, para cada paciente, através da metodologia Subject, Objective, Assessment, Plan (SOAP). Foram acompanhados 30 pacientes pediátricos, os quais utilizaram uma quantidade média de 14 medicamentos diferentes, incluindo os antineoplásicos. Identificou-se um total de 74 interações medicamentosas onde 91,89% eram interações medicamentosas com severidade grave e 8,11% eram do tipo contraindicadas. Dentre os medicamentos de suporte, a classe mais prescrita foi a dos antieméticos com um total de 23,87%; a reação mais frequente advinda dessas interações medicamentosas aponta para o aumento do prolongamento do intervalo QT com 45,95%. Realizaram-se intervenções junto ao corpo clínico referente a essas interações, sendo 100% de forma escrita deixada no prontuário do paciente. O farmacêutico é o profissional capaz de garantir a qualidade da assistência prestada por meio do uso seguro e racional dos medicamentos. É fundamental intervir nas interações medicamentosas, tornando possível evitar situações de insucesso na farmacoterapia e minimizando o aparecimento de reações adversas nos pacientes.
Descrição:
VIANA, C. de Q. Serviços farmacêuticos clínicos em pacientes da oncopediatria de um hospital de ensino. 2017. 43f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.