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Considerando a importância de se levar para a sala de aula discussões que visem
tratar a variação como algo natural e dinâmico da língua e não como erro ou desvio,
o presente artigo tem como principal objetivo investigar como os livros didáticos de
português (LDP) tem proposto o ensino das variações linguísticas na sala de aula.
Para tanto, iremos, ao longo deste artigo, pontuar o quanto se faz necessário instigar
o aluno a conhecer as transformações e origem da língua nativa, de forma que ele
passe a compreender de forma consciente que as variantes diversas que fazem
parte da linguagem humana, são consequência do caráter heterogêneo que a língua
apresenta. Outro ponto que será aqui destacado, é o fato de existir entre os alunos
uma visão preconceituosa a respeito das variações, decorrente da concepção
equivocada do certo e do errado pregado tanto na sociedade quanto na escola. Tal
preconceito tem sido considerado reflexo de uma visão normativa da gramática
tradicional. E, para embasamento de tais discussões, recorremos aos seguintes
autores: Bagno (1999; 2007; 2013), Cunha & Tavares (2016), Faraco (2008), PCN
(1998); Bortoni- Ricardo (2004); entre outros. A fim de cumprimos o objetivo geral do
nosso trabalho, e por se tratar de uma pesquisa de cunho qualitativo-
interpretativista, iremos trazer ao final, uma análise de um “boxe” inserido na parte
inicial de capítulo de um LDP organizado para o triênio 2018-2019-2010. Tal análise
teve como intuito investigar e discutir a perspectiva adotada pelo livro no que diz
respeito ao estudo da variação linguística no contexto do ensino médio. |
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