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Introdução: A desordem temporomandibular (DTM) é uma doença de alta prevalência que envolve o sistema craniocervical e todas as estruturas associadas. Tem etiologia multifatorial, podendo manifestar-se localmente ou nas regiões próximas à articulação temporomandibular (ATM), no qual a região cervical geralmente está afetada. Os sinais clínicos mais recorrentes são dores, e desconforto na região articular e dos músculos mastigatórios e cervicais. Objetivo: O estudo teve por objetivo verificar os efeitos biomecânicos do tratamento fisioterapêutico nas disfunções temporomandibulares a partir da avaliação da mobilidade osteocinemática e artrocinemática da coluna cervical e articulação têmporo-mandibular. Método: Trata-se de um estudo de intervenção, quantitativo de caráter descritivo e exploratório, com corte longitudinal. Desenvolvida na Clínica Escola de Fisioterapia situada na Universidade Estadual da Paraíba. Os indivíduos foram submetidos a exame físico e realizaram 5 sessões de tratamento fisioterapêutico. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética e pesquisa da UEPB, sob o CAAE: 73357617.8.0000.5187. Resultados: A amostra foi composta por 9 indivíduos, sendo 88,89% do sexo feminino diagnosticados clinicamente com DTM através do Índice anamnésico de Fonseca. Destes, 44,45% apresentaram DTM moderada, 33,33% severa e 22,22% leve. A média de idade foi 39±20,70 anos. Os resultados mostraram que após o tratamento houve aumento do deslizamento intervertebral das vértebras cervicais (51,23% no grau IV), e do limiar álgico (grau IV, média pré 15,55% e pós 34,81%), bem como o aumento da amplitude de movimento por meio da goniometria, destacando os movimentos de flexão lateral direita e esquerda onde foi obtido média de mobilidade normal (41,22°°±7,37 e 42,67±8,93 respectivamente). Nos movimentos osteocinemáticos da ATM identificou-se aumento da amplitude de movimento em todos os movimentos analisados, porém, apenas a abertura e a retrusão conseguiram uma média considerada normal (37,03±11,48mm e 4,02±3,77mm respectivamente). Conclusão: O presente estudo mostra resultados positivos das técnicas de mobilização articular, dry needling, pompage e alongamento no aumento da mobilidade articular. |
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