Resumo:
Introdução: a gestação e o parto podem prejudicar a função dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e influenciar na função sexual, podendo interferir no ciclo de resposta sexual da mulher. Objetivo: avaliar a função sexual em primíparas pós-parto vaginal. Método: estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEPB (CAAE44775015.1.0000.5175) realizado com 64 mulheres, faixa etária de 18 a 35 anos, sendo primíparas pós-parto vaginal com episiotomia (n=20), sem episiotomia (n=20) e mulheres nuligestas (n=24). Foram verificadas características biológicas, sociodemográficas e da função sexual (Female Sexual Function Index–FSFI). As primíparas responderam ao questionário três meses após o parto e o mesmo questionário foi respondido pelas nuligestas. Resultados: as mulheres com episiotomia, sem episiotomia e nuligestas apresentaram média de 22,2±4,22; 21,1±5,20 e 25,9±3,57 anos de idade, e média de 14,4±2,18; 14,2±2,28 e 18,8±1,42 anos estudados, respectivamente. Em relação à função sexual, ao comparar os três grupos da pesquisa, foi encontrado um pior escore de dor (3,54±1,60) nas primíparas com episiotomia e piores escores nos outros domínios (desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação) nas primíparas sem episiotomia. Conclusão: as primíparas apresentam os piores índices de função sexual, em todos os domínios, comparados com as nuligestas e em relação ao domínio dor, o grupo com episiotomia apresentou o pior escore, comparado ao grupo sem episiotomia e grupo das nuligestas, como também apresentou a pior média no escore total do FSFI.
Descrição:
SANTOS, A. M. B. dos. Avaliação da função sexual em primíparas pós-parto vaginal: Estudo transversal. 2017. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.