Resumo:
Nas narrativas contemporâneas o ser fictício tem se aproximado cada vez mais do ser real. A
variedade de elementos, psíquicos, sociais e culturais têm tornado os personagens mais
complexos, isto é, mais plurais, como o próprio sujeito humano. Logo, a representação
existencial desses personagens conecta obra e leitor na medida em que este se reconhece na
narrativa. A presente pesquisa, pois, analisa a personagem Halla (Halldora), do romance A
desumanização (2017), de Valter Hugo Mãe, na perspectiva de explorar as condições
existenciais da personagem atreladas às condições naturais da vida humana, das quais
destacaremos a morte, a melancolia e a ressignificação dada aos afetos. Para fundamentarmos
esse estudo, utilizamos das concepções teóricas de Forster (2005), Candido (2002) e
Compagnon (2009) na composição analítica da narrativa; de Freud (2010), Hassoun (2002) e
Kristeva (1989), bem como de Morim (1988), Ariès (2012) e Scliar na constituição
representativa entre a morte e a melancolia vinculada à personagem; e também os estudos de
Bandler e Grinder (1986) na verificação do processo de ressignificação, além de Damásio
(2002), Aristóteles (2000) e Smith (1999), na composição dos afetos. Assim, refletimos a
subjetividade expressa pela personagem, com a finalidade de pensarmos sobre a interioridade
humana e as inquietudes que atingem seus sentimentos e emoções.
Descrição:
COSTA, A. do N. Entre mortes e melancolias: a ressignificação dos afetos em A desumanização, de Valter Hugo Mãe. 2019. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2019.