Silício e prolina agem como atenuadores do deficit hídrico em feijão-caupi

Abstract

O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) é uma das culturas alimentares mais importantes do Semiárido brasileiro por possuir alto valor nutritivo. Contudo, na região Nordeste, a escassez de água torna-se um dos fatores que reduz a produtividade dessa cultura com consequências para o seu desenvolvimento e produtividade. O objetivo do presente estudo foi avaliar o silício e a prolina como atenuantes do déficit hídrico em feijão-caupi, cultivar BRS Guariba, submetido à irrigação deficitária por sete dias. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x2, onde o tratamento controle correspondeu à aplicação de água sem adição de prolina e/ou silício, o tratamento com prolina correspondeu à concentração de 0,69 g L^-1 , o tratamento com silício correspondeu à concentração 0,15 g L^-1 e o tratamento com prolina e silício correspondeu à combinação das concentrações 0,69 g L^-1 + 0,15 g L^-1 de prolina e silício, respectivamente, aplicados em plantas submetidas ao déficit hídrico e não submetidas ao déficit hídrico, com quatro repetições e a parcela experimental constituída de duas plantas úteis. Foram analisadas variáveis fisiológicas do status hídrico: conteúdo relativo de água; indicadores de crescimento: área foliar total, massa seca total da parte aérea; variáveis bioquímicas: atividade das enzimas catalase e ascorbato peroxidade e o conteúdo de prolina livre como indicador de ajustamento osmótico. Em variáveis como conteúdo relativo de água, área foliar total e massa seca total da parte áerea, a aplicação do atenuador silício, de forma isolada, reduziu os efeitos do deficit hídrico no feijão-caupi BRS Guariba. Sob deficiência hídrica, houve maior produção de prolina endógena nos vegetais em que foram aplicados os atenuadores silício e prolina, sugerindo que estes atenuadores atuaram na produção desta molécula para defesa contra o estresse, permitindo ajustamento osmótico. Ainda sob estresse, os atenuadores silício e prolina, utilizados de forma isolada, promoveram maior atividade das enzimas Ascorbato pexoridase e Catalase, proporcionando ao vegetal maior tolerância ao período de déficit hídrico.