Reflexões sobre a EJA: contextos, sujeitos e ensino de leitura

Abstract

Este trabalho é fruto de experiências vivenciadas como professora de Língua Portuguesa na EJA, diante das dificuldades do processo de ensino aprendizagem e compreensão com a leitura, objetivando refletir sobre a leitura para os sujeitos jovens e adultos, promovendo novas estratégias, visando aprimorar a compreensão leitora a partir do gênero “notícia”. Observar o perfil de alunos da EJA, seu contexto histórico e social; problematizar o ensino do professor de LP na Educação; analisar a relação entre prática e teoria na formação do professor, de acordo com fundamentos estudados empiricamente. A escolha pela temática deu-se a partir de experiências vivenciadas, em dificuldades de aprendizagens de leitura de alguns alunos, que nos levou a escolher o ensino de leitura como objeto de estudo. A proposta está embasada numa perspectiva que compreende a leitura como uma atividade de interação, na qual mobilizamos recursos para ampliar a competência comunicativa dos estudantes e contribuir com suas práticas sociais de linguagem. Estamos interessados numa discussão que analisa o ensino de língua portuguesa, em que o autor texto e leitor, precisem dessa interação. Para tanto, referenciamos nosso estudo numa análise dos documentos curriculares brasileiros, mais pontualmente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para compreendermos os gêneros discursivos como centro da aula de português, organizando-a nos eixos de leitura, e análise da língua, estabelecendo uma conexão com o que propõe os documentos orientadores da formação docente nos cursos de Letras. Estabelecemos um diálogo teórico-metodológico com KOCH; ELIAS (2006), ANTUNES (2003), GERALDY (2006), dentre outros autores. Descrevemos uma experiência em sala de aula sobre o ensino de língua portuguesa na EJA de linguagem contemporâneas e pelos gêneros do discurso, partindo de situações reais do uso da língua pelos estudantes, permitindo que ampliem suas competências nos processos de leitura entendidos como produção de sentidos.