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Considerando que o Brasil está passando por um momento de mudanças no cenário educacional, tornou-se interessante desenvolver a pesquisa sobre 07 (sete) temas redacionais dos respectivos anos: 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2017 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), O presente estudo “As vertentes dos temas redacionais do Enem e suas implicações sociológicas” buscou entender a construção sócio-histórica do Exame e, assim, fazer breves análises sobre os fatores que são e não são levados em consideração no processo de confecção das propostas redacionais do ENEM. Em síntese, o propósito do trabalho não teve a pretensão de espremer o modelo de produção textual, mas sim, analisá-lo, a fim de provocar uma reflexão sobre o sistema educacional brasileiro e os vieses sinuosos que ainda o cercam. Tendo em vista que este exame trabalha questões voltadas à sociedade e as questões que a cercam, selecionamos as referidas edições pelo fato de que foi possível perceber os aspectos ideológicos que cercam a banca confeccionadora das propostas redacionais. Assim, a pesquisa consolida-se como histórico- analítica, pois buscamos desenvolver nosso estudo baseando-se em fatos que ocorriam no Brasil em cada edição do exame, como também como agia a sociedade de cada época.Para tanto, nos orientamos através da leitura de autores como Boudieu (2007), Camacho (2013), Dantas (2007), Souza (2009), Brasil (1998) entre outros estudiosos relevantes que desenvolveram pesquisas e debatem o tema. Inicialmente, fizemos a análise do nosso corpus que corresponde a sete propostas redacionais e percebemos que em alguns casos os candidatos não estão sendo preparados igualitariamente. Ou seja, as classes menos favorecidas, muitas vezes acabam prejudicados por serem detentores de um ensino cheio de déficits. Nesse sentido, buscamos provocar uma reflexão a cerca das propostas redacionais e a falsa universalização de ensino que é atribuído aos candidatos ao exame. |
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