Prolina exógena e silício minimizam os efeitos do déficit hídrico em feijão-caupi

Abstract

A água é um dos principais fatores limitantes para o crescimento e desenvolvimento das culturas quando cultivadas na região semiárida, caracterizada pela limitação hídrica. Com isso, deve-se atentar para o uso eficiente da água, o que pode ser obtido com uso de cultivares tolerantes à restrição de água. O déficit hídrico na planta pode ser mitigado por meio da aplicação de eliciadores endógenos como o Silício e a Prolina. Objetivou-se avaliar a prolina e o silício como atenuadores de deficit hídrico na cultivar de feijão-caupi BRS Guariba cultivado sob irrigação deficitária por 14 dias. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x2 com 4 repetições, onde o tratamento controle correspondeu à aplicação de água sem adição de prolina e/ou silício, o tratamento com prolina correspondeu à concentração de 0,69 g L^-1 , o tratamento com silício correspondeu à concentração 0,15 g L^-1 e o tratamento com prolina e silício correspondeu à combinação das concentrações 0,69 g L^-1 + 0,15 g L^-1 de prolina e silício, respectivamente, aplicados em plantas submetidas ao déficit hídrico e não submetidas ao déficit hídrico, com quatro repetições e a parcela experimental constituída de duas plantas úteis. Foram analisadas variáveis fisiológicas do status hídrico: conteúdo relativo de água; indicadores de crescimento: área foliar total, massa seca total da parte aérea; variáveis bioquímicas: atividade das enzimas catalase e ascorbato peroxidade e o conteúdo de prolina livre como indicador de ajustamento osmótico. A aplicação da prolina de forma isolada minimizou os efeitos do deficit hídrico e contribuiu para a manutenção do crescimento do feijão-caupi “BRS Guariba”, em variáveis como massa seca total da parte aérea, conteúdo relativo de água, área foliar total. Sob deficiência hídrica houve maior produção de prolina livre, o que sugere que os atenuadores Silício ou Prolina atuaram no ajustamento osmótico do “BRS Guariba”. Sob déficit hídrico, o tratamento com prolina promoveu aumento da atividade das enzimas Catalase e Ascorbato peroxidase, o que indica tolerância ao período de 14 dias de déficit hídrico.