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A cidade deve ser entendida como áreas espaciais de transformações, que se concretizam a partir da materialização dos objetos fixos por meio de um contexto histórico e evolutivo. Nesse sentido, é importante utilizar a noção de urbano como um espaço de seletividade espacial, fragmentação-remembramento espacial, antecipação espacial e marginalização espacial (CORRÊA, 2000). O presente trabalho teve como objetivo investigar e compreender as transformações das paisagens urbanas da Cidade de Soledade – PB, relacionado as práticas espaciais, na perspectiva da dinâmica urbana e, por conseguinte, demonstrar o atual urbano que se apresenta decorrentes dessas modificações, principalmente com a introdução da BR 230. Quanto à metodologia empregada, a mesma versou-se sobre o método exploratório. Este método proporciona uma maior aproximação com o problema estudado, com vistas a torná-lo mais explícito. O método em tela envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e análise de exemplos que estimulem a compreensão. A referida pesquisa se classificou como uma pesquisa de estudo de caso (GIL, 2008). Os resultados obtidos discorrem exclusivamente através dos estudos bibliográficos e de caso, as reflexões por meio de um diálogo empreendido concernente ao tema, bem como com autores que versam sobre as práticas espaciais e as transformações urbanas, que foram levantados a respeito da paisagem local, tendo em vista que as transformações urbanas ocorreram quase que o tempo todo às margens da BR-230, local onde houve o ordenamento da área central da Cidade de Soledade. A relevância desta BR, fez com que se pensasse numa pesquisa sobre a análise das transformações da paisagem urbana entre os anos de 1980 a 2018, ou seja, a partir da consolidação como núcleo, até sua estruturação como vila, e seguidamente como município. Portanto, descreveram-se as práticas espaciais e as transformações urbanas da cidade, ocorridas no decorrer das décadas, através da construção de valores históricos, ideológicos, culturais e arquitetônicos, simultaneamente, como um produto socioespacial – construído, desconstruído, desmoronado e reconstruído. Devido à malha urbana ter passado por profundas modificações territoriais, as quais se apresentam como novas formas de espacialidades do urbano, numa perspectiva entre o novo e o antigo. Conclui-se que, houve a diferenciação entre ordenamento e desordenamento na paisagem urbana, como uma paisagem ora homogênea, articulada e desarticulada, tanto administrativamente como populacionalmente. |
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