Resumo:
O presente artigo consiste numa resenha que tem como tema central a discussão acerca da política das identidades, tomando como base os estudos de Stuart Hall (2005) e, nesse sentido, expomos uma breve discussão acerca da história e do protagonismo indígena no Brasil. A releitura do tema aqui proposta teve como foco pensar o debate atual em que se delineiam, a partir de duas posturas antagônicas, que refletem posicionamentos políticos e ideológicos, desembocando na clássica questão: “existem índios no Brasil?”. A noção aqui destacada, vez por outra vem à tona, sobretudo, em momentos no qual a política nacional se alinha com vieses conservadores. O tema proposto, todavia, tem como princípio básico, de um lado, a integração desses sujeitos “índios/índias” à sociedade nacional e; de outro, a manutenção e preservação das tradições desses mesmos grupos. Como dito, o nosso foco aqui passa por uma questão epistemológica, isto é, como o conceito de identidade, numa perspectiva pós-moderna, pode nos ajudar a refletir acerca desses questionamentos. Nesse sentido, definimos como objetivos: primeiro, compreender como a identidade que se define através de parâmetros pós-modernos nos ajudaria na desconstrução da imagem (colonizadamente) negativa do índio; segundo, o debate da identidade indígena e, consequentemente, da sua história, inclusive no cumprimento do que impõe a lei 11. 645/08, como caminho para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Nesse ponto, a discussão está apoiada no trabalho de Stuart Hall (2005), seguido de um breve histórico acerca da questão indígena no Brasil, a partir de autores como Amanda Machado (2008), Maria Bergamaschi (2010) e Maria Regina Celestino de Almeida (2010).
Descrição:
SILVA, H. C. da. Identidade, história e protagonismo: um breve ensaio sobre a narrativa indígena no Brasil. 2019. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.