Experiência de ensino da dança e da luta nas aulas de Educação Física escolar no Ensino Fundamental II

Abstract

Este trabalho surge a partir de uma experiência pedagógica realizada durante as aulas de Educação Física, através do Projeto Escolar Quem dança e quem luta? A igualdade de gênero na escola, realizado no estágio supervisionado II do curso de licenciatura em Educação Física/PARFOR- UEPB, tendo sido desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria de Melo, situada no Sítio Maria de Melo, no município paraibano de Salgado de São Félix. Através da sequência didática utilizada e do levantamento de dados decorrentes das práticas educativas nas atividades desenvolvidas, cujo foco se refere à inquietação para realizar o trabalho que se justificou por alguns aspectos. O primeiro deles, o cotidiano de uma comunidade rural, onde alguns discursos ainda reforçam “o que é coisa de mulher e de homem”, seria a dança coisa de mulher e lutas coisa de homem? O objetivo do trabalho foi descrever e discutir aspectos da experiência de ensino da dança e da luta a partir da vivência no estágio supervisionado II, numa turma de 7º ano de uma escola pública, no que se refere à escolha de conteúdos, objetivos de aula e procedimentos metodológicos, bem como, buscar alinhar à reflexão a temática “gênero”. Nesse sentido, foram estabelecidas as seguintes problemáticas: Existem resistências de alunos (as), nas aulas de Educação Física, na vivência com as danças e as lutas? De que forma as vivências com as danças e as lutas podem refletir sobre papeis sociais entre homens e mulheres? Nesse sentido, sabe-se que ainda é muito forte a presença dos esportes nas aulas de Educação Física, bem como, a ausência do trato pedagógico das danças e das lutas nestas aulas na escola. Este trabalho foi realizado durante as aulas de Educação Física com uma turma de 7º ano, da escola citada. O estudo destaca que o trato pedagógico sobre os objetos de conhecimento da Educação Física tem um papel importante na abordagem do professor e da escola, pois poderá reforçar (ou não) padrões normativos, excludentes e preconceituosos sobre a vivência das danças e das lutas associadas à dimensão do gênero.