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O tema “transvaloração da moral”, expresso na primeira dissertação da obra Genealogia da moral, nos remete à ideia de que, partindo da reflexão sobre a origem da “moral da compaixão”, Nietzsche acreditou ser esta proveniente do ressentimento escravo. Dividida em três, precisamente no terceiro período da sua vida e obra encontram-se as reflexões acerca da moral. Dividida em três ensaios, proveniente deste período, na obra Genealogia da moral, para o desenvolvimento da nossa pesquisa, recortamos o primeiro ensaio e parte do terceiro. Entretanto, recorremos a outras obras do filósofo e de autores especialistas, tanto no pensador quanto no tema elencado. Buscando a compreensão da reflexão para “além do bom e do ruim”, percebemos em nossa pesquisa que, a partir do conhecimento filológico, Nietzsche concluiu que a noção de bem e mal foi conferida uma dupla roupagem. Se em outrora, a moral dominante elucubrara ao modo da casta da nobreza guerreira, a partir do ressentimento iniciado na casta sacerdotal, com os seus estratagemas para alcançar os corações dos escravos, passou a designar o caráter plebeu. Dessa forma, compreendemos que bem e mal passaram sob um processo de transvaloração o qual, iniciado com o ressentimento da casta sacerdotal, esquematizou-se numa inversão dos conceitos e dos valores morais dos nobres pelos dos escravos, constituindo, assim, “o triunfo dos plebeus”. |
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