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A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção neurológica degenerativa caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos da substância negra e severo processo inflamatório. Evidências sugerem que as células microgliais e astrocitárias contribuem para a degeneração no encéfalo, provocando respostas inflamatórias excessivas. Dada a relevância da interação micróglia-astrócitos na regulação da neuroinflamação, é importante identificar mediadores envolvidos neste processo, como citocinas pró-inflamatórias, proteínas e genes. Neste cenário, o presente estudo teve como objetivo identificar a ação biológica da neuroinflamação no processo de degeneração na DP. Foi realizada uma Revisão Sistemática de artigos publicados nos últimos dez anos a partir de buscas nas bases de dados PUBMED, Google Acadêmico, Cochrane, Scopus e ScienceDirect. A busca ocorreu entre os meses de fevereiro e maio de 2018, por dois avaliadores independentes, através dos descritores: Neuroinflammation, Neurodegeneration, Cellular Events, Microglia, Astrocytes, Mast cells, Parkinson’s Disease, Post Mortem. Incluíram-se artigos completos nos idiomas português, inglês ou espanhol, que analisassem tecidos cerebrais post mortem de indivíduos com DP comparando com controles normais pareados por idade de óbito e excluíram-se estudos de revisão, modelo animal e que tinham finalidade exclusivamente terapêutica. Após análise dos dados foram eleitos 08 artigos, cujo nível de concordância entre os avaliadores foi verificado através do Método de Porcentagem (62,5% de concordância entre avaliadores). Foram elencados mediadores químicos da inflamação em células microgliais e astrocitárias, além de genes expressos a respostas inflamatórias e imunes, mostrando que, embora os mecanismos inflamatórios participem dos fenômenos de reparo tecidual, também estão envolvidos em processos inflamatórios crônicos, podendo contribuir para o processo de degeneração neuronal na DP. |
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