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Propomos uma análise da obra Bodas de Sangre de Federico García Lorca (1933) sob uma perspectiva feminista. Nesta direção, procuramos identificar e analisar como se constituem as representações das mulheres espanholas, através dos comportamentos e atitudes das personagens, percebendo como os corpos e a sexualidade são controlados pelo patriarcalismo. O olhar se voltou para as personagens: a mulher de Leonardo, a noiva e a mãe, na observação de como as configurações de controle se constituem em elementos singulares na vida das mulheres. Além disto, buscamos apontar como as atitudes das mulheres no teatro de Lorca em Bodas de Sangre contribuem para a luta da libertação das mulheres da época frente ao sistema patriarcal. Nossa metodologia consistiu na revisão bibliográfica, recorrendo aos elementos simbólicos existentes na obra, como as flores, as cores, a janela, o interior da casa, o fogo, a víbora e o cavalo, como críveis de leituras, utilizando Chevalier; Gheerbrant (1986), Ferreira (2013), para as contribuições teóricas feministas contamos com Beauvoir (1980), Federici (2005), Ávila (2001), para analisar a obra consultamos Lisboa (1961), Montemezzo (2008), Ramón (2011), dentre outros autores que subsidiaram as reflexões com seus conceitos teóricos na complexa tarefa de construir uma argumentação plausível e pertinente. Após as análises e associações simbólicas constataram-se dicotomias entre as personagens, ao mesmo tempo em que paradoxalmente buscou-se através das singularidades compreender as subjetividades, indicando para rescisões destas práticas sociais e que essas indicam perspectiva de conquistas advindas da transgressão e indisciplinamento, apontando para vivências de liberdades futuras. |
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