Resumo:
A população brasileira tem passado por um rápido processo de envelhecimento, gerando desafios para a sociedade e para as equipes de saúde. O envelhecimento traz o aumento significativo da prevalência de doenças e do uso concomitante de muitos medicamentos. A polifarmácia pode trazer diversos problemas indesejáveis, como o aumento na ocorrência de reações adversas, interações medicamentosas e menor adesão aos tratamentos farmacológicos. O risco de reações adversas aumenta de três a quatro vezes em pacientes submetidos à polifarmácia, podendo imitar síndromes geriátricas ou precipitar quadros de confusão, incontinências e quedas. É frequente o idoso apresentar de duas a seis receitas médicas e utilizar a automedicação com a utilização de dois ou mais medicamentos. Soma-se a isso a facilidade na obtenção de medicamentos sem receita nas farmácias, o que aumenta a exposição dos idosos ao uso excessivo de medicamentos e gastos financeiros desnecessários, o que têm sido uma realidade considerável nos dias atuais, sendo a intervenção uma das melhores estratégias para aprimoramento da utilização de medicamentos e dessa forma aumentar a sobrevida. Este estudo teve como objetivo identificar os pacientes acometidos pela polifarmácia, uma vez que, no Brasil 70% dos idosos sofrem de alguma doença crônica e tratam-se com uma ou mais drogas. A pesquisa do tipo descritiva e exploratória foi realizada através de uma abordagem transversal e qualiquantitativa nos prontuários dos alunos da Universidade Aberta a Maturidade – UAMA em Campina Grande – PB. Dos 30 idosos, 70% eram do gênero feminino em comparação com os homens. Trata-se de um grupo caracterizado por uma condição de polifarmácia, em que 67% fazem a utilização de 5 medicamentos ou mais. Dos medicamentos utilizados, o uso de anti-hipertensivo correspondeu a 38% dos medicamentos utilizados. Desta forma, os resultados podem ser úteis no estímulo ao desenvolvimento de mecanismos de avaliação de processos que visem reduzir esses a utilização de múltiplos medicamentos, aumentando a chance de resultados terapêuticos positivos e benefícios para os pacientes.
Descrição:
FREITAS, D. E. de. Identificação da prática de polifarmácia por idosos de uma universidade de terceira idade. 2019. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.