Resumo:
Considerando a importância que a sexualidade tem na psicanálise, este artigo tem como objetivo analisar as contribuições da mesma, na perspectiva de Freud e Lacan, sobre o feminino. Por meio de uma revisão bibliográfica buscou apontar as semelhanças e diferenças entre os autores, a evolução dos conceitos, bem como as contradições com relação ao discurso da ciência. O feminino para as teorias científicas é definido a partir do sexo biológico da criança. Para a psicanálise é compreendido como a posição escolhida pelo sujeito frente à castração, ao gozo (o falo e o Outro) e a fantasia (ocupando o lugar de falo e de objeto a) a partir da identificação com o par parental. Enquanto posição, o feminino não se restringe apenas a mulheres, mas a qualquer sujeito que se identifique no semblante de mulher, segundo a fórmula da sexuação lacaniana. Desse modo, conclui-se que, Lacan consegue com sua releitura dos escritos Freudianos expandir a compreensão psicanalítica sobre o feminino para concluir que “A” mulher não existe. Por considerar o sujeito dividido e o desejo como inconsciente, a psicanálise não naturaliza o humano e não sucumbe ao dualismo sexo-gênero. Aponta que o feminino é um caminho a ser construído ad infinitum, de modo particular.
Descrição:
TOMAZ, J. de S. Arranjos do feminino: Contribuições da psicanálise. 2019. 20f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.