Resumo:
Tudo que escapa pode ser considerado louco. Nunca é possível decifrar a loucura totalmente. A fim dominá-la, os saberes buscam enquadrá-la de algum modo. Com o saber religioso não é diferente. Quando assim o fazem, ao tentar compreender o que ela é, também a capturam, moldando-a segundo a lógica do seu saber. O presente estudo tem como objetivo apontar as tecnologias de subjetivação do sujeito evangélico congregacional de Campina Grande – PB, bem como os dispositivos que essa instituição faz uso para explicar e tratar a loucura. Através do processo arque-genealógico, vamos tanto escavar as condições de possibilidades para que os saberes possam gerar discursos, num jogo de forças, bem como quanto investigar as condições de nascimento e de construção do discurso e do saber evangélico congregacional, mostrando desde como ele surgiu na Europa até seu estabelecimento na cidade de Campina Grande, relacionando- se com outros saberes já instituídos na cidade. Fora observado que o discurso da igreja evangélica congregacional sobre a loucura na verdade reforça e legitima o discurso médico, que defende a internação do louco e do tratamento medicamentoso dessa “doença”, também foi observada uma mudança durante a história da igreja protestante em Campina Grande em seu posicionamento político, onde estava no espectro progressista enquanto na condição de instituinte, e agora, já na condição de saber instituído, coloca-se no espectro conservador.
Descrição:
CAVALCANTE, D. A. A loucura segundo a Igreja Evangélica Congregacional em Campina Grande – PB. 2019. 25f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.