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Neste trabalho monográfico temos como objetivos: conhecer como as crianças brincam em uma creche do município de Campina Grande-PB, observando quais aspectos, do desenvolvimento infantil, são favorecidos por esta forma de brincar. Buscamos identificar as atividades lúdicas predominantes na creche e refletir sobre o modo como as crianças brincam e sobre os brinquedos que lhes são oferecidos. Para tal, coletamos os dados através de questionários e observação participante, ambos importantes componentes da realização de uma pesquisa qualitativa. A amostra da pesquisa foi obtida de cinco professoras da referida creche. As reflexões se fundamentaram em referências sobre o brincar na educação infantil tomando como base o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998) e na teoria referente à educação de crianças. Partimos das concepções de criança à luz do pensamento de Philippe Aries (1981), que concebe a criança como uma construção social, e de Rousseau (apud Muniz, 1999) que considera a infância como um tempo à parte na vida humana. Discutimos sobre aspectos históricos e conceituais concernentes à Educação Infantil, ao brincar, bem como aspectos relativos ao exercício docente e às propostas pedagógicas para esse nível de ensino. Verificamos que a principal orientação para a abordagem do brincar nesse nível de ensino é para que, através dele, o educador possa desenvolver e estimular determinados conteúdos, tais como: autonomia, lateralidade, respeito mútuo, coordenação motora. No que se refere às considerações feitas pelas pedagogas, destacamos a ideia de que as brincadeiras devem ser na maioria das vezes dirigidas. Além disso, percebemos que as professoras não consideram na maior parte do tempo a imaginação na abordagem do brincar na Educação Infantil. Por fim, consideramos que os conteúdos das falas das professoras nos indicam que elas desconsideram a importância da livre escolha no brincar, elencam pouquíssimos tipos de brinquedos e, ainda, relatam que precisam de brinquedos educativos. Embasados em autores tais como Kishimoto (2002), Kuhlmann Jr (1998), Vygotsky (1992) e Piaget (1986), podemos ressaltar que se pretendemos estimular o imaginário, a expressão de sentimentos, a curiosidade, o objetivo do brincar deve estar embasado numa mudança qualitativa do modo como as brincadeiras e sua abordagem são concebidas por aqueles que cuidam e educam, no trabalho pedagógico da Educação Infantil. |
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