Retratos de família na Revista Era Nova

Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar a construção das imagens sobre o modelo de família desejada para a Parahyba do Norte e o seu processo ritualístico, através da revista Era Nova (1920 – 1925). A análise busca entender a linha tênue presente nos discursos formulado pela Era Nova, a qual apresentava em suas páginas um padrão ideal de sociedade estruturada pelos símbolos do progresso, mas também noticiava opiniões contrárias a este processo de mudanças acusando-o de aniquilar a moral da civilização, defendendo a continuidade dos bons costumes e dos comportamentos tradicionais os quais refletiram diretamente na organização familiar. Ancorada sob o âmbito da História Cultural, a pesquisa possibilita buscarmos os vestígios do passado nas fotografias, propagandas e artigos publicados nesse periódico para pensar a rede de signos que permeavam na organização familiar no início do século vinte. Tendo como referenciais teórico-metodológicos especialmente Ana Mauad e Boris Kossoy para compreender a subjetividade presente nos impressos de jornais, nas fotografias e nas revistas que se encontram intrinsecamente em uma rede de interesses.