dc.description.abstract |
A Paróquia de Campina Grande, instalada pelo Bispado de Olinda em 1769, permaneceu com modesta estrutura física até o ano de 1887, quando o Monsenhor Sales a reconstruiu ao ritmo do crescimento urbano local. Herdou-se desse momento a atual fachada externa em linhas neoclássicas; o relógio, os corredores laterais e a abertura do corpo da igreja em arcos. A este conjunto adicionou-se o altar-mor, construído em mármore Carrara, com três nichos dedicados à Imaculada Conceição, São Luís Gonzaga e São Francisco de Assis. A partir de 1964, com o processo de modernização e a reforma litúrgica conciliar, o recinto sagrado passou por profundas transformações. Instalou-se o novo altar, móvel e direcionado para a assembleia dos fiéis, subtraindo o altar-mor, fixo em pedra ao fundo da igreja. O presente trabalho recorta a segunda metade do século XX, para contar essa história no tempo, escutando os documentos, as fontes, os testemunhos orais, ao passo que dialoga com autores que estudaram abordagens correlatas. Através da análise historiográfica, problematizamos o processo de evolução e de reconstrução da Igreja Catedral e convidamos o leitor a mergulhar na compreensão dos diversos fenômenos eclesiais e sociais que se imbricaram na confecção simbólica deste lugar, tão caro ao patrimônio e memória dos campinenses. Visitamos o passado do nosso marco primeiro: a capela da aldeia, a matriz da Vila Nova, a catedral na cidade moderna, para reconhecer através deste lugar sagrado, as pessoas, as relações e a compreensão eclesial que se materializou na reforma do templo, vista na temporalidade estudada. |
pt_BR |