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O presente trabalho tem como objetivo mostrar a análise da experiência realizada por
Bretrand Russell. Ele começa analisando o uso da palavra experiência, alertando quanto ao
uso dos termos, para se evitar possíveis confusões causadas por novos significados atribuídos
à linguagem ordinária. Seguindo o paradigma lógico-linguístico, ele defende que a
experiência é uma relação de familiaridade formada por duas partes, a saber, uma que recebe
o nome de sujeito e a outra é o objeto; o sujeito é a parte que experiencia (qualquer coisa que
esteja familiarizado com o objeto), enquanto o objeto é a parte que é experienciada. Russell
recusa o dualismo cartesiano que defende a existência de um sujeito e de um objeto como
substâncias primárias; sua pretensão é de sair do campo do pensamento metafísico que
considera a existência de uma essência das coisas. Assim, como também, ele recusa o
pensamento da escola empirista moderna, que, em parte, segue o dualismo cartesiano (tal é o
caso de Locke, pois Berkeley é idealista – e que por esse comprometimento parcial também é
alvo da crítica de Russell), com exceção de David Hume que critica o empirismo e o direciona
para o ceticismo ao suspender a noção de um sujeito e de um objeto. O pensamento de Hume,
de certo modo, serviu de base para Russell realizar suas observações acerca da experiência.
Para Russell, tanto o sujeito quanto o objeto só são alcançados por descrição, sendo apenas
partes da relação de experiência que só existe se ambas as partes (sujeito e objeto) existirem.
Desta forma, Russell também se mostra contrário ao pensamento do monismo (oposto ao
dualismo), em especial ao do monismo neutro que além de negar a divisão do mundo em
mente e matéria, nega a existência de um caráter “mental” que é revelado na introspecção,
mas que, segundo Russell, não saiu do campo das ideias. Russell, ainda, rejeita a opinião de
que a experiência envolve modificações mentais chamadas de conteúdos, a partir da distinção
entre conteúdo e objeto notada por Alexius Meinong. |
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