Resumo:
O presente trabalho busca problematizar o processo de construção das etapas
que culminam no feminicídio. Para isso, discutiremos como essas mortes são
construídas a partir de uma sociedade forjada sob normas patriarcais,
controlando e desautorizando a mulher como agente da sua própria
experiência, acarretando em uma educação voltada para cuidar e servir. Nesta
perspectiva, tal cultura é responsável por uma série de determinações a
respeito do corpo, da intelectualidade e da subjetividade da mulher, refletindo
nas inúmeras violências que estas sofrem, sejam agressões psicológicas,
emocionais, patrimoniais e físicas. Nesse sentido, buscamos refletir acerca da
violência contra a mulher com ênfase no feminicídio, analisando como essa
construção sociocultural da virilidade do homem é responsável pela violação de
seus corpos, resultando na violência de gênero. Teórico e metodologicamente
o trabalho está amparado em autores como FOUCAULT (2008) a partir da
relação de poder, além de DAVID BRETON (2011) com os conceitos
singularidade e representatividade. Ao discutirmos sobre a construção desse
papel imposto à mulher, nos apoiaremos em autoras como DEL PRIORE
(2014) e LOURO (2010).
Descrição:
CRISTINA, E. C. dos S. "Mas ele nunca me bateu...": trilhas cartográficas do feminicídio, do poder alegórico à violência física. 2019. 29 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.