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Este trabalho tem como objetivo discutir as transformações da paisagem em relação as
rugosidades das edificações em estilo arquitetônico Déco presentes na Feira Central de
Campina Grande-PB. Tal ideia nasceu das inquietações ao observar o abandono e a
deterioração deste Patrimônio Cultural presente neste espaço de Campina Grande. Uma parte
considerável dessas edificações constitui o que se denominou de Déco Sertanejo, por
apresentar formas mais simples, o que representou uma adaptação do estilo criado na Europa
à cultura regional. Entende-se ainda que o trabalho tem importância tanto para o momento
atual, no qual a Feira foi reconhecida, em setembro de 2017, pelo IPHAN (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Cultural Imaterial, resultado das
formas nela presentes, como pelos fazeres e viveres que nela se realizam, mas também por
registrar essas formas, o que pode ser uma contribuição significativa para estudos que venham
a ser desenvolvidos em momentos futuros. O desenvolvimento deste trabalho se deu através
de pesquisas de campo e bibliográficas dentro da área de conhecimento da geografia urbana e
histórica de Campina Grande, analisou-se a trajetória da Feira até os dias atuais através de
observação in loco e registros fotográficos, que possibilitaram a análise das edificações
inseridas neste espaço. Como embasamento teórico utilizou-se a categoria paisagem,
igualmente importante para se refletir sobre o objeto de estudo, conceitos como o de
patrimônio cultural, rugosidade e marginalização espacial. |
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