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A inclusão do aluno surdo dentro do ambiente escolar, é hoje algo comum de ser constatado
nas escolas em geral da rede regular de ensino. Juntamente a isto, a aceitação e a prática da
Libras para além da sala de aula como facilitador de socialização entre alunos surdos e
ouvintes, é o foco de discussão deste artigo, onde objetivamos uma proposta de intervenção
para que a prática da Libras seja um instrumento de inclusão eficaz no âmbito escolar. A
pesquisa de campo, de caráter qualitativa, foi realizada no Centro Educacional Edivardo
Toscano, uma escola municipal da cidade de Guarabira, onde a mesma é reconhecida por
oferecer atendimento especializado às pessoas com deficiências. Para este estudo de caso,
foram aplicados questionários de sondagem para conhecermos como acontece a socialização e
a prática da Libras no cotidiano dos alunos surdos com os alunos ouvintes, professores e
funcionários, no qual estes responderam de oito a dez perguntas, entre objetivas e abertas, sem
a necessidade de identificação, para manter o sigilo dos participantes. Os resultados obtidos
na pesquisa trouxe consigo mais veracidade à problemática abordada, ratificando assim a
afirmativa que incluir apenas não é o suficiente, para isso dialogamos com os autores
Mantoan (2006), Mazzotta (1996), Lacerda (2006) entre outros na fundamentação de ser
trabalhada a socialização dos alunos com necessidades educacionais especiais com os alunos
em geral, particularmente a Libras com os alunos surdos e ouvintes, porque apesar de ser um
direito garantido por lei, incluir ainda não é sinônimo de socializar; pois a relação com os
alunos surdos é algo bastante relativo, abstrato e delicado, resultado de anos de confinamento
social. Porém, com o compromisso e dedicação de todos os agentes envolvidos na escola,
atuando com uma ação ativa e constante, pode sim acontecer uma inclusão de fato
socioeducativa, e “bilingue” até, no ambiente escolar. Basta ser praticada a essência da
inclusão, que é de vivência e convivência com as diferenças e diversidades. E que não
erremos mais ao praticar apenas a integração pensando estar praticando a inclusão escolar.
Não se trata apenas “ter” alunos da educação especial dentro da escola regular, mas torna-los
“seres humanos”, participantes ativos dentro do ambiente escolar, para que os mesmos
possam sentir-se incluídos na sociedade em que estão inseridos; e assim, poder exercer uma
futura função social e profissional, como acontece com qualquer outro cidadão comum,
contribuinte em seus deveres e direitos na sociedade. |
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