Resumo:
Este artigo tem por objetivo analisar de que modo a construção da Casa de Saúde e Maternidade São Francisco de Assis através das ações da Irmã Luciana, Maria Catarina Gerarda Von Den Eiden, contribuíram para as práticas em saúde, a memória e a cultura da cidade de Esperança -PB. Para isso buscaremos fazer uma discussão no campo da História Cultural a partir das abordagens sobre memória, cultura e gênero onde transitaremos principalmente entre os trabalhos de Halbwach (1990), LeGoff (1977), Pollak (1989), Barros (2005), Rago (1985) e Cunha (2000). A abordagem metodológica desta pesquisa centra-se numa pesquisa bibliográfica e documental, cujas fontes utilizadas foram imagens fotográficas e matérias jornalísticas. Analisaremos ainda os discursos higienistas que trouxeram as maternidades enquanto instituições para as cidades brasileiras, carregando como justificativa a melhora nas condições de vida das mulheres brasileiras e como na verdade esses discursos eram extremamente capciosos e ao passo que queriam melhorar as formas das mulheres se tornarem mães, afirmavam que essa era sua missão natural, sagrada e única. Dividindo assim as concepções dos feminismos sobre apoiar ou condenar a chegada das maternidades, os que apoiavam viam nessas instituições um importante passo em direção aos direitos das mulheres, enquanto os que a condenavam enxergavam um grande demarcador de espaços para as mulheres.
Descrição:
ARAUJO, F. R. de. A mãe da esperança: irmã luciana e a memória de práticas de saúdo em Esperança - PB (1965-2017). 2019. 28 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.