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Na narrativa A bolsa Amarela (2009), de Lygia Bojunga Nunes, temos a história de
uma menina que revela as suas vontades. Uma vez que estas não podem ser
apresentadas ao seu mundo real, por isso, ao ganhar uma bolsa de uma das tias (tia
Brunilda), a menina resolve “guardar” suas vontades nessa bolsa, de cor amarela,
conforme demonstra o título da obra. A narrativa, portanto, é permeada pela
fantasia, que se evidencia principalmente através dos amigos imaginários da
menina, e, dentre outros aspectos da configuração metafórica que essa bolsa
assume na história, marcada, portanto, por uma linguagem profundamente
simbólica. O encantamento por este aspecto da obra de Lygia Bojunga Nunes
favoreceu e motivou a escolha dessa narrativa para a realização desta pesquisa.
Objetivamos, desse modo, analisar A bolsa Amarela, procurando observar de que
maneira o simbolismo é retratado na obra, centralizando a atenção em basicamente,
dois elementos que a estruturam, seu enredo e seus personagens, e buscando
identificar os recursos de linguagens utilizados pela autora na construção dos
personagens, identificando assim as marcas do simbolismo na narrativa. Do ponto
de vista metodológico, podemos caracterizar o trabalho como de base bibliográfica,
que busca apoio teórico em estudos sobre a história da Literatura Infantil Cunha
(1986), biografia e obra de Lygia Bojunga Nunes Cristófano (2009), dentre outras
fontes. A análise demonstra que os amigos imaginários de Raquel colaboram para o
amadurecimento da sua identidade e põe em destaque a importância do imaginário
no comportamento infantil, além de revelarem o ludismo que marca a obra da
autora. |
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