Percepção de saúde entre motoristas de transporte público coletivo de uma cidade no interior da Paraíba

Abstract

Introdução: A atividade laboral dos motoristas de transporte público coletivo, por fatores fisiológicos e ambientais, pode ser prejudicial à saúde física e mental, merecendo atenção multidisciplinar em saúde voltada a esses trabalhadores. Objetivo: Conhecer a percepção de saúde dos motoristas de transporte público coletivo de uma cidade no interior da Paraíba. Metodologia: A intervenção utilizou a Metodologia Ativa do tipo Problematização com 64 motoristas de uma empresa de transporte público coletivo da cidade de Campina Grande, no período de agosto a outubro de 2018. Inicialmente foi traçado o perfil sociodemográfico dos motoristas, seguido da discussão da carga horária exercida e existência de outra atividade laboral e/ou estudo. Logo após foram realizadas rodas de discussão acerca da percepção em saúde. Resultados: A totalidade dos assistidos é do sexo masculino, predominando a faixa etária entre 36-51 anos, escolaridade de nível médio completo, religião católica, estado civil casado ou em união estável, 2 filhos, renda familiar mensal de 1 a 3 salários mínimos. Os assistidos, em sua totalidade, possuem jornada diária de 7 horas e 20 minutos e, predominam motoristas que não exercem outras atividades laborais. Quanto à percepção de saúde, 71,8% dos motoristas percebem sua saúde atualmente como boa; 56,2% realizam exames de saúde às vezes; 73,4% sentem-se bem durante a jornada de trabalho; 53,2% consideram sua concentração no ambiente de trabalho como boa; 70,3% afirmam não sentir dor e impedimento na realização de atividades; 51,6% consideram o ambiente físico de trabalho mais ou menos saudável; 78,1% relataram não ter sentido problemas emocionais decorrentes do trabalho. Conclusão: Os motoristas percebem a saúde física e mental como boa, e se mostram satisfeitos com as condições de trabalho oferecidas pela empresa.