Resumo:
O interesse em investigar essa temática surgiu durante nossas práticas como professoras de
Educação Infantil e durante as pesquisas realizadas no curso de Pedagogia do Plano Nacional
de Formação de Professores ofertado pela Universidade Estadual da Paraíba. As inquietações
com a realidade educacional giravam em torno da forma como professores concebem o corpo,
além da existência de práticas que supervalorizam o cognitivo em detrimento do corpo , o que
nos motivou a investigar como professores da Educação Infantil compreendem a
corporeidade. Esta pesquisa de natureza qualitativa foi realizada numa Creche Municipal de
Fagundes-PB, tendo como instrumento de coleta de dados a observação livre e a entrevista
semiestruturada. Os estudos teóricos fundamentaram a análise dos dados obtidos o que foi
possível perceber que os professores respondentes apresentam dificuldade a se expressarem a
respeito do conhecimento teórico sobre o tema corporeidade, embora possuam uma
compreensão prática e, assim, promovem práticas pedagógicas que oportuniza o aluno
vivenciar seu corpo. Os professores reconhecem a necessidade de pensar o sujeito de forma
integral, uma visão de corpo-sujeito, o que vislumbra uma superação da concepção cartesiana
na busca de práticas que valorize ações interdisciplinares com um ensino mais
contextualizado. Por fim, os professores desta pesquisa dizem que a aprendizagem é um
processo corporal imprescindível à criança, principalmente da Educação Infantil para que
explore, perceba, sinta e conheça seu corpo para que ela possa se desenvolver melhor, bem
como interagir com seu meio, promover sua sociabilidade, resolver problemas e aprender de
forma significativa.
Descrição:
ALMEIDA, Maraisa Gomes Araújo. Corporeidade e infância: concepções de professores da educação infantil. 2017. 43f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.