Resumo:
Nosso trabalho refere-se à história de uma mulher, Quitéria Bandeira de Melo, que
viveu na Paraíba nos tempos coloniais, acusada de intentar contra a vida do governador
desta Capitania. A documentação de seu processo tem início quando, em 1770, seu
escravo foi preso, delatando sua senhora, como mandante daquele pretendido crime.
Presa, na Fortaleza das Cinco Pontas, em Recife, por cerca de oito anos, Quitéria requer
sua liberdade à rainha D. Maria I. São citados na trama o Padre Antônio Bandeira de
Melo, e o vigário Antônio Soares de Barbosa, de quem Quitéria Bandeira de Melo é
acusada de ser amante. Através de transcrição paleográfica dos documentos, buscou-se
analisar o contexto em que a trama se insere, observando as representações contidas nos
documentos sobre a figura dessa mulher, problematizando as disputas pelo poder na
cultura política do Antigo Regime, de acordo com a perspectiva de autores como
Hespanha (2005), e Cardim (2005).
Descrição:
Santos, Y. M. dos. Mulher, donzela, grave e "cizuda": Quitéria
Bandeira de Melo - Paraíba, 1770-1778. 2010. 35f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2010.