Resumo:
Os quintais medicinais representam ainda um recurso bem utilizado por populações mais tradicionais, tanto na região nordeste do Brasil, quanto nas demais regiões, em que estes espaços mantem costumeiramente várias espécies vegetais para o uso, tratamento e cura de doenças. Na perspectiva de conhecer espaços coletivos de cultivos de plantas com finalidades terapêuticas, objetivou-se realizar um levantamento das espécies medicinais cultivadas em quintais da zona rural da cidade de Remígio-PB, Brasil, visando assim a identificação das plantas utilizadas para fins medicinais, sua obtenção, formas de uso e partes da planta utilizada. Para a realização desta pesquisa foram entrevistadas 12 famílias da zona rural de Remígio, através de um questionário semiestruturado e conversas livres com os entrevistados. Oito etnoespécies foram mais evocadas pelos atores sociais entrevistados, com destaque para Lippia alba (Mill.) N. E. BR. (erva cidreira), Cymbopogon citratus (DC) Stapf. (capim santo) e Ruta graveolens L. (arruda). As mulheres, na comunidade estudada, são as que mais tem conhecimento sobre utilização das plantas e suas aplicações terapêuticas, são também elas que transmitem estes saberes as gerações futuras por meio da oralidade. Folhas são as partes mais utilizadas nas formulações terapêuticas, consumidas principalmente na forma de chás. Nesta comunidade, o universo feminino detém e transmite os saberes sobre o uso de plantas com fins medicamentosos, cultivadas em quintais medicinais familiares ou coletivos, constituindo-se como espaços de vivências para as pessoas do lugar.
Descrição:
PEREIRA, J. F. Quintais medicinais e o saber popular: Um estudo etnobotânico em quintais da zona rural do Capim de Cheiro município de Remígio – PB. 2018. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.