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Peumus boldus Molina, popularmente conhecido como boldo, é encontrado na farmacopéia oficial do Brasil, Chile, Alemanha, Espanha, Portugal e Suíça como referência no tratamento de doenças do fígado. É popularmente usado em casos de hepatite, cólica hepática, litíase biliar, distúrbios intestinais, reumatismo, má digestão, astenia, dispepsia, inapetência e outras desordens. Apesar dos benefícios obtidos através da ingestão do boldo, complicações à saúde podem advir do consumo dessa planta medicinal. Desta forma, o presente estudo objetivou analisar as evidências científicas sobre o uso de Peumus boldus Molina em relação à sua toxicidade e as interações medicamentosas associadas ao seu uso, através de uma revisão sistemática da literatura. Nos 30 artigos analisados foi possível compreender que as principais intercorrências relacionadas a ingestão do boldo e seus componentes são oriundas da presença de contaminantes externos, microorganismos e metais pesados na sua folha, ou compostos encontrados naturalmente na planta, possuindo potencial hepatotóxico, teratogênico e abortivo. Ainda, a ingestão do boldo pode ocasionar interações medicamentosas com anticoagulantes orais, desse modo impedindo a síntese de tromboxano A, aumentando assim o risco de sangramento; e quando utilizado concomitantemente com medicamentos hepatotóxicos, como a amiodarona, atorvastatina, carbamazepina, diclofenaco e paracetamol, pode agravar os danos ao tecido hepático. Contudo, é necessário que mais estudos sejam desenvolvidos no intuito de ser analisado outras alterações no organismo decorrentes do consumo do boldo. |
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