Perfil microbiológico de infecções urinárias em pacientes de um laboratório em Campina Grande – PB

Abstract

A Infecção do Trato Urinário (ITU) é definida como colonização microbiana e invasão tissular de algum sítio do trato genito-urinário, sendo capaz de ultrapassar a capacidade defensiva do hospedeiro e causar infecção. A crescente resistência das bactérias aos antimicrobianos tem dificultado o tratamento das ITUs. Objetivo: Identificar as principais bactérias causadoras de ITU de um laboratório de Análises Clínicas em Campina Grande – PB e sua resistência aos antimicrobianos. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa transversal, descritiva-exploratória, prospectiva com abordagem quantitativa, no período de janeiro a setembro de 2018. A urina foi semeada nos meios de cultura Agar EMB e Cled com alça calibrada de 1 µL. Foram implementados testes de identificação de bactérias Gram-negativas e positivas, além de testes de sensibilidade das bactérias aos antimicrobianos (Kirby&Bauer). Resultados: Observou-se maior frequência de ITUs em pessoas do gênero feminino, com 82% (180), onde Escherichia coli foi a bactéria mais prevalente, com 69% (680), apresentando maior resistência à ampicilina, 79,3% (539), seguido de sulfametoxazol/trimetoprima, com 56,2% (382), tetraciclina com 52,5% (357) e piperaciclina com 51% (347). Evidenciou-se também a presença de bacteriúria sem piúria para a maioria das bactérias isoladas. Conclusão: A elevada resistência das bactérias aos antibióticos e a ausência de piúria na maioria dos pacientes com ITU alertam para a importância da realização de uroculturas com antibiograma para diagnóstico e tratamento efetivos das ITUs.