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As disfunções temporomandibulares (DTMs) apresentam etiologia multifatorial, dentre
elas, destaca-se o bruxismo que é um hábito parafuncional. Em virtude disso, vários
tratamentos vêm sendo experimentados na tentativa de sanar ou mesmo minimizar os
sinais e sintomas da DTM. Uma alternativa de tratamento para essa disfunção é o uso de
órteses oclusais, pois apresentam confecção relativamente simples, possuem custo baixo
e permitem que o paciente seja tratado, sem provocar alterações irreversíveis,
admitindo, ainda, que o mesmo receba tratamento multidisciplinar. As resinas acrílicas
são os materiais mais comumente empregados para confecção destes aparelhos,
contudo, apresentam críticas propriedades no que tange à resistência e longevidade,
principalmente quando utilizadas por pacientes com bruxismo severo. Dessa forma, o
objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência flexural de resinas acrílicas
termopolimerizáveis empregadas em órteses oclusais. Para tanto, foram confeccionados
80 corpos de prova, divididos em dois grupos, de acordo com o método de
polimerização: polimerização convencional e por microondas, empregando-se o ciclo
preconizado pelo fabricante. Os corpos de prova de cada grupo foram imersos em água
destilada (grupo controle) e saliva artificial (grupo teste) e armazenados em estufa
bacteriológica a 37º C durante os períodos de 7 e 15 dias. Posteriormente, as amostras
foram submetidas ao ensaio mecânico de flexão em três pontos. A análise estatística
mostrou que houve diferença significativa (p=0,02) entre os grupos convencional e
microondas. Entretanto, não apresentou diferença estatística significante entre os grupos
controle e o grupo imerso em saliva artificial, bem como, também não revelou diferença
quanto aos períodos de armazenagem. Dessa forma, pode-se concluir que, sob as
condições estudadas, a polimerização por energia de microondas apresentou maior
resistência flexural do que a condição de polimerização convencional, não evidenciando
influência da saliva artificial nesta propriedade. |
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