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Este estudo analisa a produção científica sobre o Programa Cultura Viva no campo de estudo
das políticas culturais, a partir de critérios originados na abordagem de Benoit Harddy-Vallée
sobre conceito, considerando em especial sua compreensão da categoria “função”. O objetivo
central do presente trabalho averiguar os conceitos de ponto de cultura apresentados nos
estudos publicados nos Seminários Internacionais de Políticas Culturais da Fundação Casa de
Rui Barbosa, no período de 2009 a 2018. Uma instituição de vanguarda no estudo sobre
cultura no Brasil. A pesquisa em referência parte da premissa de que há uma imprecisão do
conceito de ponto de cultura, conforme foi defendido por Sá (2016). Essa imprecisão,
segundo a autora, impossibilitou uma inovação paradigmática da política cultural apresentada
em 2004. Este estudo, portanto, faz uma revisão da literatura, buscando ampliar o número de
trabalhos analisado pela autora, considerando as categorias apresentas por ela: 1) ponto de
cultura como espaço; 2) ponto de cultura como sujeito; 3) ponto de cultura como ação; e 4)
ponto de cultura como projeto ou plano de trabalho. A pesquisa concluiu que as definições
identificadas nos artigos analisados possuem aderência a classificação conceitual presente na
interpretação de Sá (2016). As palavras “estratégia”, “política” e “política pública”, embora,
aparentemente novas como definições para expressão em estudo, não se configuram como
novos sentidos. De modo que não são capazes de originar novas formas de classificação, visto
que podem ser enquadradas na vertente “ponto de cultura como ação” por serem sinônimo de
agir. |
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