Resumo:
O presente trabalho é resultado de um projeto de extensão universitária, realizado na Escola Municipal Padre Cornélio de Boer, em Campina Grande - PB, junto a 66 estudantes de turmas do pré-escolar II, 2º, 3º e 5º ano do Ensino Fundamental I, cujo objetivo foi utilizar a compostagem como ferramenta da educação ambiental para estudantes do Ensino Fundamental I de uma escola pública da cidade de Campina Grande. Os estudantes foram convidados a doarem resíduos sólidos orgânicos (de cozinha) de suas casas, que foram submetidos à compostagem. Os resíduos sólidos orgânicos foram triados, misturados a folhas, pesados e colocados em três composteiras de concreto, dispostas no sistema de tratamento descentralizado de resíduos orgânicos (SITRADERO), localizado no anexo do laboratório do Grupo de Extensão e Pesquisa em Gestão e Educação Ambiental, do Departamento de Biologia (lab/GGEA/DB). A partir de então, foi realizado o monitoramento (por um período de 104 dias), de diversos parâmetros dentre eles analises diárias (temperatura),semanais (sólidos totais, umidade, aeração, pH, mesoinvertebrados e carbono orgânico), início e final do experimento (ovos de helmintos) e apenas ao termino processo de compostagem (potássio, fósforo e nitrogênio), para caracterizar a sanitização do composto (adubo orgânico) em formação. O processo todo foi registrado por meio de fotografias, que foram apresentadas à turma durante uma palestra final sobre “compostagem”. Como resultado do monitoramento do sistema, observou-se que os valores obtidos para quase todas as análises estavam de acordo com a Instrução Normativa nº 25, de 23 de julho de 2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para fertilizantes orgânicos, os valores finais obtidos foram: pH(8,05),SVT (36,18%), COT (20%), Umidade (32%),Ovos de helmintos (0,0 ovos/gst), Nitrogênio total (1,3) e Fósforo (4,2), os valores obtidos para potássio (0,80) não atinge os valores sugeridos pela Instrução Normativa nº 25. No entanto, é possível afirmar que o composto orgânico produzido pode ser utilizado nas plantas. Ao final do período de monitoramento do sistema de compostagem, o mesmo foi desmontado, pois todas as análises físicas, químicas e biológicas indicavam estabilização. Passou-se então à realização do peneiramento e à classificação do composto. A retirada do composto das composteiras foi feita com auxílio de bacias e pás, seguido do peneiramento em peneiras de malha 4 mm e 2 mm para classificação. O composto orgânico obtido recebeu três classes: rejeito, farelo e pó de acordo com a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nº 25, de 23 de julho de 2009 (BRASIL, 2009), onde o rejeito é classificado como um material que não foi degradado, mas que pode ser utilizado em outros experimentos na forma de estruturante.
Descrição:
SILVA, M. J. Compostagem como ferramenta de educação ambiental para crianças de uma escola pública de Campina Grande - PB. 2020. 59f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande-PB, 2020.