Resumo:
Epitácio Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu no Rio de Janeiro, em 22 de junho de 1911, filho de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque e Maria Luísa Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Seu tio-avô, foi presidente da República de 1919 a 1922. Seu pai, presidente da Paraíba de 1928 a 1930 e candidato derrotado à vice-presidência da República na chapa da Aliança Liberal, foi assassinado em Recife em 27 de julho de 1930 — episódio determinante para a eclosão da Revolução de 1930. Epitacinho (como era conhecido) exerceu alguns cargos públicos, com destaque para sua passagem como senador da República pelo estado da Paraíba. O presente artigo tem como objetivo identificar como aconteceu o velório desse ator político, então senador da República no ano do seu falecimento em 1951. Logo, buscaremos analisar o velório para além do seu caráter fúnebre, apontando elementos de teatralização e apropriação por parte dos presentes, sobretudo do então presidente Getúlio Vargas. Para isso, utilizamos de fontes fotográficas do evento que estão acessíveis através do Arquivo Nacional, bem como jornais que noticiaram o falecimento. Teórico e metodologicamente, nos apoiaremos em autores como Balandier (1982); Burke (1996) e Ginzburg (1989).
Descrição:
PESSOA, P. H. C. A teatralização da morte: imagens do poder no velório de Epitácio Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (1951), 2020. 18F. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Estudos de História Local, Sociedade, Educação e Cultura).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2020.