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A leucoplasia oral (LO) é a desordem com potencial de malignização mais comum na mucosa oral e não pode ser caracterizada pelos aspectos clínicos e histopatológicos como nenhuma outra doença. A biópsia incisional associada à análise microscópica é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico, e a excisão com laser de alta potência é uma das modalidades de tratamento utilizada. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de LO tratado com laser de diodo de alta potência e discutir os aspectos relacionados às suas características clínicas e histopatológicas. Paciente do sexo masculino, 61 anos de idade, não branco, tabagista e etilista, apresentou-se para avaliação de lesão assintomática em língua. Ao exame físico intraoral, observou-se uma placa branca localizada na borda de língua do lado esquerdo; medindo, aproximadamente, 4,0 X 2,0 cm; com contornos bem definidos e bordas irregulares. Após o diagnóstico clínico de LO, realizou-se biopsia incisional. Diante do diagnóstico histopatológico de displasia leve, optou-se pela remoção completa da lesão com laser de diodo de alta potência (808nm; 2,5W; modo contínuo) em dois tempos cirúrgicos, cujos diagnósticos foram, respectivamente, displasia leve e moderada. Após três meses, houve recidiva da lesão, e os achados microscópicos revelaram displasia severa. O paciente permanece em acompanhamento há seis meses, sem evidências de nova recidiva ou transformação maligna, apesar da continuidade dos hábitos nocivos de tabagismo e etilismo. Em conclusão, o laser de diodo de alta potência permitiu a remoção segura e eficaz de uma LO extensa sem sangramento transoperatório e promoveu cicatrização satisfatória no período esperado, sem efeitos adversos aos tecidos adjacentes. |
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