Resumo:
A distrofia muscular congênita com deficiência da merosina (DMC-DM) é
caracterizada por um comprometimento da fibra muscular pela deficiência parcial ou
completa da laminina α2, também conhecida como merosina, uma proteína
extracelular responsável pela manutenção da estrutura celular. Retrações articulares
a nível proximal, hipotonia, hiporreflexia e atraso no desenvolvimento da caminhada
são sinais clássicos das DMC-DM que podem ter início no nascimento ou durante a
infância. Entretanto, o comprometimento respiratório é marcador prognóstico da
DMC-DM, determinado pelo padrão restritivo característico da doença que cursa
com uma série de consequências do sistema respiratório responsáveis, em sua
grande parte, pela mortalidade de pacientes com doenças neuromusculares. A
alteração da biomecânica nas estruturas envolvidas com o ato respiratório pode
desencadear fraqueza muscular respiratória e baixa resistência à fadiga,
evidenciando quadros de desconforto respiratório e outros agravos da função
pulmonar. Em resposta a isso, os efeitos do Treinamento Muscular Respiratório
(TMR) têm sido explanados ao longo dos anos na literatura. Apesar de conhecidos
os benefícios do TMR, não há um consenso definido em relação a protocolos e tipo
de TMR a ser utilizado em pacientes com afecções neuromusculares, especialmente
em crianças, por decorrência da escassez de estudos realizados com esse grupo
específico de pacientes. Dado o exposto, o presente estudo tem por objetivo
determinar os efeitos de um protocolo de TMR sobre a força muscular respiratória e
qualidade de vida de paciente com Distrofia Muscular Congênita (DMC) com
deficiência de merosina (DM).
Descrição:
SOUZA, Iara. Efeitos de um treinamento muscular respiratório sobre função muscular respiratória de um paciente com distrofia muscular congênita com deficiência de merosina: um estudo de caso. 2020. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2020.