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É reconhecido que a transmissão de conhecimentos sobre hábitos alimentares e de
higiene do profissional para o paciente é um fator importante na prevenção de doenças
bucais. São poucos os estudos que avaliam a base das orientações de higiene bucal
transmitidas pelo aluno/futuro profissional para seus pacientes e o grau de importância
que o aluno atribui a estas. Diante disso, os objetivos deste estudo foram avaliar o
conhecimento de procedimentos de saúde bucal e a percepção da importância destes
pelos estudantes dos vários períodos do curso de Odontologia da UEPB/Campina
Grande, bem como observar o impacto e as mudanças sobre as condutas clínicas do
futuro profissional diante dos pacientes por eles atendidos nas clínicas da referida
universidade. Foi realizado um estudo transversal com 169 alunos, os quais
responderam um formulário contendo perguntas relacionadas ao conhecimento,
percepção da importância, práticas e mudanças de comportamento quanto à higiene
bucal. A possível existência de diferenças significativas (p<0,05) ou correlações (r ou
rpb≠0) entre as variáveis estudadas foram analisadas através dos testes estatísticos Quiquadrado,
correlações de Pearson e Point bisserial. Todos os participantes admitiram
como importante ou muito importante o conhecimento sobre Saúde/higiene bucal. A
maioria (59,20%) considera satisfatória a abordagem sobre orientação e condutas
clínicas relacionadas à motivação. A maioria dos participantes considerou muito
importante a orientação do paciente (96,34%); apesar disso, 20,30% destes afirmaram
não realizá-la durante a primeira consulta. Os resultados evidenciaram correlações
significativas de aquisição de conhecimento na graduação e cursos, palestras, simpósios
ou congressos, sugerindo que a medida que os períodos avançam estes assumem maior
importância. Quanto à etiologia de certas patologias, a maior frequência de acertos está
representada por alunos de períodos mais avançados, com médias entre 5,56 e 6,12.
Observou-se que 77,5% relatou mudança nos hábitos de higiene bucal, contra 22,5%
que disseram não ter tido mudança. Os instrumentos de higiene utilizados com maior
frequência foram anti-séptico, dentifrício, escova macia e fio dental. Há a necessidade
premente de novas pesquisas para que se conheça o perfil de formação e a percepção
dos estudantes sobre esta temática. |
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