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Pensar o espaço a partir da ótica materialista, histórica e dialética, implica
necessariamente considerar o interminável movimento de sucessão e acumulação
das formas/conteúdo no ecúmeno, é este o fundamento que dá sentido a geografia.
A partir deste pressuposto nos debruçamos nesta monografia, à reflexão da
natureza da produção do espaço na área central de Campina Grande – PB. O
objetivo principal se traduz no esforço de compreender a lógica do uso do solo na
zona periférica ao núcleo central, onde, o espraiamento das atividades do setor
terciário exige a refuncionalização dos resquícios residenciais, incorporando-os ao
centro de gravidade. Partindo da realidade concreta, a logicidade mercadológica –
expressa pela expansão do consumo e generalização da mercadoria – além de
provocar reorganizações funcionais impõe modernizações tecnológicas, novos
valores sistêmicos à totalidade da área central, e, condiciona sua expansão territorial
e de sua centralidade. Para melhor compreender a (re)produção do espaço de
nosso tempo, apresentamos a conformação da área central à luz do seu
desenvolvimento histórico considerando as sucessivas lógicas dos sistemas de
ações e suas implicações espaciais. Com base nos resultados alcançados, o
processo de centralização ocorreu com a emergência de objetos técnicos da
economia algodoeira e, a metamorfose da função residencial para
comercial/serviços desenrolou-se em um meio técnico, científico-informacional. De
modo geral, o processo de refuncionalização que incide sobre o conjunto de objetos
residenciais se desenvolve em três estágios até que as formas alcancem uma
essência inteiramente estranha à moradia e cada vez mais inserida à racionalidade
da mercantilização do espaço. |
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