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O presente trabalho, partindo de uma reflexão que articula literatura e educação, tem, como resultado final, uma proposta de leitura para turmas dos 8º anos do ensino fundamental sobre as obras Memórias Inventadas: a infância, Memórias Inventadas: a segunda infância e Memórias Inventadas: a terceira infância, de Manoel de Barros. O percurso desta pesquisa problematiza, assim, as funções e abordagens de leitura de modo a conceber o letramento como um caminho metodológico producente, uma vez que ele abriga formas diversas de promover o processo da leitura. Assim, a nossa incursão investigativa reflete sobre os modelos de leitura nos estudos de Mascia (2005), passa por alguns aspectos críticos das funções que a literatura exerceu, e exerce, na sociedade com base em Compagnon (2009) e Barthes (2004), e expõe, ainda, a função humanizadora da literatura em Candido (1995). As mudanças e perspectivas do texto infantil e juvenil na escola também são reflexões específicas deste trabalho, sob as quais comparecem os estudos de Lajolo e Zilberman (2004). As pesquisas de Rildo Cosson (2014), centradas no letramento literário, são aportes relevantes para este trabalho principalmente porque se depreende um conceito amplo sobre o processo de leitura. Assim, a abordagem de intervenção apresenta uma natureza reflexivo-descritiva, de forma a proporcionar aos professores mais uma possibilidade para ensinar a leitura perspectivada sob a ideia ativa para a construção dos sentidos do texto. Por fim, como culminância de nosso percurso reflexivo, propomos uma atividade baseada, predominantemente, nas etapas de leitura do letramento de Cosson (2014), já que, entendemos, que os modos plurais de abordagens, além de serem mais democráticos, são os que melhores se adequam na construção de consciências críticas e emancipadoras. |
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