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É sobre a implantação de novidades modernas em Nova Palmeira que este texto trata ao exibir uma transição de povoamento à cidade em ritmos e acontecimentos de forma lenta, marcada pela presença de processos tardios, quando estabelecemos comparações com outros centros urbanos e a sua convivência com os signos do moderno. Objetiva-se analisar Nova Palmeira, cidade localizada no interior da Paraíba, pelo viés das transformações urbanas a partir do olhar de sua administração pública e pelas impressões deixadas em seus habitantes, situada em um tempo específico, anos de 1959 a 1970, justificando-se este deslocamento no tempo por si tratar de um período em que a cidade recepcionou uma série de transformações experimentadas em seu perímetro urbano, coexistindo com as interferências de uma paisagem tradicional, ruralizada, acomodada em seus desejos de cidade. Nesse recorte temporal, buscamos perceber as diferenças e permanências em torno da sua formação urbana e as transformações ocasionadas pela implantação e/ou ampliação de energia elétrica, da arborização na principal via pública, dos planos e projetos para solucionar os problemas de abastecimento de água e a ineficiência da saúde pública, os meios de comunicação, dentre outras questões a serem tratadas. No que concerne ao uso de fontes e metodologia, caminhamos pelo método indiciário e interpretamos um leque de fontes em seus sinais sobre esta cidade e suas transformações. Foram elas: o livro de atas de projetos e anteprojetos de lei, registros de óbito com demarcação de tempo entre 1960 a 1970, decretos-lei e mensagens disponibilizadas no arquivo da Câmara Municipal, quatro fotografias acessadas por meios digitalizados e outra fornecida de maneira impressa e original, além da fonte oral pela técnica das entrevistas. Em termos conceituais e teóricos, seguimos as contribuições de Ginzburg (1989), Chartier (2015), Nora (1993), Pesavento (2007), Aranha (2003) e outros. |
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