Resumo:
Com o desenvolvimento capitalista e a consequente intensificação da exploração econômica dos recursos físico-naturais pelas atividades produtivas, a apropriação, cada vez mais desenfreada, da rentabilidade do solo passou a refletir uma série de impactos socioambientais relacionados a este recurso. Seja pela introdução de novas técnicas de manejo nas atividades agropecuárias, seja pela reprodução técnicas tradicionais, a exemplo das queimadas, o fato é que a degradação do solo tem se tornado um problema que tanto repercute sob o nível de sua produtividade, como na promoção de desequilíbrios naturais pré-existentes. O avanço das fronteiras agrícolas do agronegócio no campo brasileiro é ilustrativo da forma como o capital tende a se apropriar deste recurso e dele extrair, muitas vezes de forma predatória, sua máxima rentabilidade. Neste caso, o uso frequente e intenso de agrotóxicos que contaminam o solo e a retirada da cobertura vegetal para dar lugar a lavouras e pastagens, são ações propositivas a processos que degradam o solo. Por outro lado, a pequena agricultura, em menor grau, vale salientar, também tem adotado práticas agropecuárias que incidem para a degradação dos solos, e isso se deve, em grande parte, a falta de informação que a adoção de ações pautadas na exploração prejudicial do solo. Diante desse contexto, o papel da Geografia enquanto ciência que pensa a realidade socioespacial e dela extrai as explicações para a relação sociedade-natureza, deve direcionar a abordagem geográfica para a construção de referenciais explicativos para estes fenômenos e processos, bem como servir de base para a formação consciente e crítica dos cidadãos a partir da problematização da relação entre o desenvolvimento capitalista e a exploração deste recurso físico-natural. Assim, o estabelecimento de relações próximas entre a ciência geográfica e a geografia escolar é indispensável, destacando-se o papel do professor de Geografia, que através de suas aulas pode desenvolver práticas capazes de despertar no aluno o interesse em conhecer o solo, compreender a sua importância e contribuir para sua preservação. Em vista disso, neste trabalho o objetivo proposto buscou compreender a abordagem teórico-metodológica do Componente físico-natural solo na formação continuada e a sua importância na construção da prática docente em Geografia na educação básica. Para isto, tomou-se como referência analítica o contexto formativo e de atuação docente de uma turma do Curso de Especialização em Ensino de Geografia, da Universidade Estadual da Paraíba, composta por 25 alunos.
Descrição:
SANTOS, A. F. L. Abordagem teórico-metodológica do componente físico-natural solo na formação continuada e a prática docente em geografia em educação básica. 66 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.