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O presente artigo tem como finalidade averiguar, em algumas passagens significativas do cavaleiro andante Don Quijote de la Mancha– em sua aventura na obra de Miguel de Cervantes –, como se interpreta a comicidade embutida em seus desejos de justiça e de generosidade, com enfoque nos conceitos históricos sobre o aspecto da comédia. O trabalho está dividido em três partes: em primeiro plano, procura-se, num passeio histórico, entender como Aristóteles aborda o gênero comédia desde a Grécia Antiga; em segundo, apresentamos as declarações de autores que tratam da comicidade em uma visão mais contemporânea e; por fim, mesclamos as teorias aos recortes da obra, acerca dos ideais quijotescos, o que nos oportuniza abranger a temática dos efeitos cômicos de modo singular. Para tanto, se faz necessário explorar os conceitos de teóricos renomados, como Aristóteles (2001), Lope de Vega (2003), Bergson (1983) e Unamuno (2017), os quais embasam nossas considerações interpretativas sobre os aspectos cômicos e a questão do riso, em meio à perspectiva fantástica do protagonista da obra cervantina. Nesse sentido, em nossas conclusões, frisamos a transgressão que esse personagem admite pontuar, por seus valores humanísticos em detrimento ao escárnio dos leitores/espectadores, e dizer da relevância desse estudo para com o meio acadêmico. Assim, dispomos de um estudo embrionário no que se refere à potencialização dos efeitos cômicos numa obra tão extraordinária, como é este clássico literário espanhol. |
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