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Dentre os estabelecimentos prisionais existentes na região nordeste do Brasil 51% tem assistência educacional, é necessário ressaltar que, quase a totalidade desta ação está focada na alfabetização e ensino fundamental básico. Estudos vêm demonstrando que, a baixa escolaridade dos detentos contribui significativamente para sua reinserção ao sistema prisional, visto que, os mesmos ao cumprirem suas penas e saírem do presidio irão encontrar uma sociedade que avançou em termos de: educação, acessibilidade, tecnologia e informações enquanto que eles ficaram ociosos em um espaço superlotado entre quatro paredes e, muitas vezes, sem acesso à educação ou uma capacitação profissional. Nesse contexto, questiona-se: como conquistar um espaço no mercado de trabalho formal sem sequer compreender um texto? Ou apenas com o ensino fundamental? Diante do exposto, este trabalho vem analisar o papel da educação, assim como o da família, na reinserção a sociedade dos egressos do sistema carcerário à luz do curta-metragem intitulado “Será que ele volta?” do diretor Roberto di Freitas. Em termo metodológico foi realizada a análise curta-metragem filmado na cidade de Guarabira, abordando temas locais, buscando prestigiar a cultura assim como tratar de temas relevantes para a formação de professores. No desenrolar da história são abordados temas como o preconceito contra os reclusos pela sociedade, o papel da família na reintegração e as oportunidades de retomada ao mundo do crime. Nota-se que, o curta metragem apresentou em diversas cenas aspectos da realidade enfrentada por ex-detentos quando voltam a liberdade social, como também é notória na obra a importância da educação como transformadora de um indivíduo e o trabalho do pedagogo nos ambientes não formais, contribuindo para a construção de um cidadão instruído e capacitado para retornar à convivência em sociedade. |
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