Resumo:
A experiência humana é marcada pelos sentires e vivências; a Literatura, nisto, remonta através
das palavras e ressignifica tais marcações. De igual modo, o Cinema também faz nascer a
representação e (re)criação das narrativas humanas e inumanas. Ambas as artes, por meio de
suas construções discursivas, promovem a (re)leitura da experiência humana, reproduzindo e
expondo-a. Partindo disso, a presente monografia tem como objetivo demarcar as fronteiras e
distâncias do evento da melancolia, percebendo suas faces e elaborações no tecido histórico e
como realiza-se no construto textual da Literatura, a partir da lírica da poeta norte-americana
Emily Dickinson (1830-1886) e no Cinema, no filme Além das Palavras (2016), do diretor
Terence Davies. De natureza qualitativa e com caráter descritiva e exploratória, nossa pesquisa
encontra-se amparada nas seguintes contribuições epistemológicas: Johnson (1963), Lira
(2006.2009), Wiechmann (2015), Bloom (2001; 2017), Starobinski (2014;2016), Lambotte
(2000), Scliar (2003), Freud (2019), Martin (2013), Stam (2013) e outros pesquisadores. A
partir da análise do filme, com foco na mise-en-scène, afirmamos que, levando em conta sua
estrutura narrativa intertextual e estética, o filme de Davis adentra em aspectos melancólicos,
sobretudo na morte e suas diversas facetas que permeiam a narrativa fílmica.
Descrição:
BARBOSA, Á. M. F. Uma dor (d)escrita: uma leitura da melancolia na poesia de Emily Dickinson e no filme Além das palavras. 2020. 70f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.