Resumo:
Uma das problemáticas atuais que invadem os muros do ensino-aprendizagem de L2, é da dificuldade no processo da aquisição fonológica por parte dos aprendizes mediante à complexidade e divergências em relação ao Português Brasileiro (PB), principalmente no que diz respeito à oralidade. Diante disso, o presente estudo justifica-se pela necessidade auxiliar estudantes e professores de Língua Inglesa no momento de ensino-aprendizagem e mostrar que certos “erros” cometidos pelos aprendizes são causados por fatores linguísticos, bem como a falta de domínio do sistema da língua alvo, visto que, muitas vezes, podem se tornar barreiras para aqueles que estão em processo de aquisição de uma segunda língua. Por esse viés, as propostas deste trabalho estão ancoradas na perspectiva da transferência linguística, que foi iniciada no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e que não se encontram em discordância, mas sim em situação de completude. A partir dessa premissa, este trabalho postulará, através de análise acústica-comparativa, avaliar a interferência fonológica no contexto fônico /st/ sendo realizado como [ʃt], mais especificamente na posição de coda, na produção de palavras do inglês como L2 por falantes paraibanos, visto que a palatalização de /s/ neste ambiente fonológico é um traço característico dessa região e permitido fonotaticamente na Língua Portuguesa. A fim de validar estatisticamente nossas hipóteses, a natureza desse estudo é de cunho quantitativo e /qualitativo qualitativo. Os processos metodológicos para a construção desta pesquisa se deram a partir de gravações de áudios de frases contendo nosso objeto de estudo da L2 antes e após instruções explícitas. Os dados obtidos a partir das gravações, foram rodados e analisados acusticamente em um programa computacional, a fim de auferir uma maior exatidão dos resultados. Assim sendo, esta pesquisa tem como embasamento teórico os estudos de LIMA (2014); BRANDÃO (2008); BRESCANCINI (2002); CALLOU LEITE & MORAES (2002); CARVALHO (2000); HORA (2003); SILVA
(2004); MACEDO (2004); MONTEIRO ( 2009); SILVA JR (2014) 2014); LADEFOLGED & DISNER (2012); LADEFOLGED & JOHNSON (2011); STEIN (2011); OLIVEIRA (2009); ROACH ( dentre outros. Como resultado, vimos que a maior ocorrência de transferência se deu pelo fato de que os traços contidos nas palavras da Língua Inglesa, que utilizadas nessa pesquisa, são semelhantes as da LM. Ou seja, possuem um contexto fonológico propício a palatalização, e pelo nível incipiente de conhecimento, por parte dos aprendizes, do sistema fonológico da L2. A consciência fonológica dos aprendizes floresce à medida que eles recebem mais quantidade de input acústico. Em conclusão, é de suma importância que os educadores busquem estratégias a fim de levar o aprendiz a refletir conscientemente sobre as particularidades de cada uma das línguas, na busca de estabelecer diferenciações fonético-fonológicas. Por conseguinte, compete também ao educador trabalhar atividades fazendo uso dessas distinções.
Descrição:
SOUSA, Jackeline Freitas de. A palatização da fricativa alveolar /S/ no inglês como L2 por falantes paraibanos. 2019. 34 f. Artigo (Graduação em Letras Inglês) – Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2019.