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Este trabalho tem por objetivo analisar o meio underground cristão em
Campina Grande – PB, tecendo um olhar sobre as práticas e representações
dos jovens que, devido à assimilação de um novo referente cultural, no caso o
rock cristão, outrora não existente, modificaram significativamente o cotidiano
da cidade e moldaram suas identidades, divergindo daquelas impostas pelas
igrejas tradicionais. Esse movimento eminentemente juvenil, em seu ápice
contou com a atuação de dez bandas que serviram como forma de consolidar o
cenário na cidade, além de propagar a nova ideologia que vinha surgindo com
o binômio rock/cristianismo. Buscamos compreender também a ressignificação
que estes jovens fizeram dos seus corpos, através do uso das tatuagens
associadas a uma forte simbologia cristã, como meio de demonstrar a sua fé,
bem como perceber a atuação da Igreja Bola de Neve e as consequências que
sua ação na cidade trouxe para o dia a dia dos jovens cristãos campinenses.
Para tanto usamos como referencial teórico Certeau (2009), Pesavento (2008),
Hall (2006), Bauman (2004), Chartier (2002), Cuche (2002) e Sofiati (2005),
dentre outros, cujos estudos foram de suma importância para a discussão
acerca do que é proposto. Mediante o uso da História Oral Temática e de
entrevistas realizadas com alguns membros das bandas e do underground
como um todo, podemos definir um perfil para os indivíduos que fazem parte
desse meio e inferir quais os principais preconceitos sofridos por estes e a
relação entre as igrejas tradicionais e as alternativas. |
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